Há reflexões que procuramos incessamente. Outras nos encontram malgrado nosso. A proposta atual é desse segundo tipo: ela me encontrou. O risco de ser encontrado é a eterna sensação de surpresa, de que nunca se está verdadeiramente pronto para este momento. Ser encontrado é um chamado para encontrar-se - tarefa possivelmente traumática.
Fui flagrado com a notícia da morte de um terrorista famoso: Bin Laden. Finalmente a busca terminou, encontrou-se quem se buscava e pôs-se fim a vida do "maior inimigo da América".
Tenho questionado às pessoas - socraticamente - sobre a visão que possuem de um cidadão muçulmano. A resposta tem sido um retrato falado do Bin Laden, que finalmente morreu.
Quando é que associamos a imagem de uma cultura à imagem de um terrorista? O assassinato de Bin Laden é o assassinato de um tipo, de um símbolo. Quem morre é a barba e turbante, é o Islam cuja mitologia ocidental teimou em vincular à imagem da carne de Osama.
Curiosamente alguns liberais, como Ricardo Velez defendem que finalmente o oriente médio foi encontrado pelas reflexões ocidentais, vislumbraram assim a aurora liberal promotora de nosso progresso. Como era de se esperar o Liberalismo espantou os orientais e os levaram à revolução social.
Tony Stark sentou-se no divã ocidental oriental e viu a má compreensão oriental da tecnologia do ocidente. O herói é quem leva a verdadeira consciência, torna inteligível, como um pai que repreende um filho, o mal das armas.
Vingança ocidental no oriente!
A vitória está completa. O oriente parece finalmente ter sido assimilado pelo ocidente. Adotaram a democracia liberal e seu principal símbolo jaz no mar. Faz-se assim a justiça trágica e a vingança está completa.
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